A 1ª Semana de Prevenção da Gravidez na Adolescência, realizada pela Prefeitura de Alagoinhas, por meio da Secretaria Municipal de Assistência Social, tem mobilizado a sociedade em torno do assunto, que ainda é tabu em algumas famílias. Na programação desta terça-feira (16), a temática foi apresentada durante os Papos de Prevenção, nas Salas de Atendimentos dos Centros de Referência em Assistência Social (CRAS) de Riacho da Guia, de Nova Brasília, de Boa União e da Praça do Céu.
Promover um olhar humano em todas as situações e fortalecer os vínculos dentro da família, foi assim que Luciene Pinheiro de Jesus, orientadora social, definiu o seu trabalho. Ela foi uma das responsáveis pela palestra no CRAS da Praça do Céu, que orientou os presentes sobre a importância do diálogo para prevenir a gravidez precoce.
Muito embora as redes sociais promovam enxurradas de informações de todos os tipos, Luciene relatou que quando o tema é abordado nos lares, o efeito sobre a consciência dos jovens é mais incisivo. “Trouxemos os pais para perto e os deixamos à vontade, mostrando formas de como podem tratar seus filhos, trazendo-os para mais próximo, a fim de aumentar a conexão e o diálogo”.
Responsável pelo público adolescente no grupo de serviço de convivência, Luciene contou que a abordagem de temas relacionados ao sexo ainda é bem difícil no seio das famílias. No entanto, o resultado do trabalho desenvolvido já se verifica em alguns relatos.
“Minha mãe não falava nada comigo, depois dos encontros no CRAS, comecei a perguntar sobre o assunto e ela foi me respondendo, dizendo que no tempo dela as moças não podia mostrar o joelho e tal”, disse uma jovem que não quis se identificar.
“Com os vínculos fortalecidos, os adolescentes aprendem a ter nos pais e cuidadores uma referência”, declarou a orientadora social, que finalizou elogiando a programação da 1ª Semana de Prevenção da Gravidez na Adolescência.
No CRAS Nova Brasília, a ação aconteceu em dois momentos. Primeiro, foi feita uma reflexão sobre a adolescência em seus aspectos psicossociais, que envolvem as transformações individuais e coletivas nos diversos contextos. Na segunda parte, os principais impactos sociais da gravidez precoce foram apresentados, assim como a importância dos vínculos familiares.
Fonte: SECOM