Suspeito de matar médico deu queixa do desaparecimento e era amigo da vítima

O também médico Geraldo Freitas de Carvalho Júnior (lado esquerdo da foto) registrou a queixa de desaparecimento do amigo e entrou em contradição várias vezes

Foto: Reprodução / Redes Sociais

O médico Geraldo Freitas de Carvalho Júnior é o principal suspeito de matar o também médico Andrade Lopes Santana, 32 anos, cujo corpo foi encontrado na manhã desta sexta-feira (28) no Rio Jacuípe, no município de São Gonçalo dos Campos.

Geraldo foi quem prestou a queixa do desaparecimento de Andrade na última terça-feira (25), um dia após o sumiço. No entanto, a polícia encontrou diversas contradições nas informações prestadas por ele em comparação com os rumos da investigação. Por isso, solicitou o pedido de prisão temporária de 30 dias, que foi acatado pela Justiça.

Segundo o delegado Roberto Leal, coordenador da 1ª Coorpin (Feira de Santana), Geraldo disse que marcou um encontro com Andrade para andar de moto aquática no Rio Jacuípe, mas o amigo não compareceu. No entanto, câmeras de segurança na região mostram o carro de Andrade chegando. “O suspeito disse que não encontrou Andrade e as imagens do circuito (de câmeras) das barracas no local próximo ao rio verificam a chegada do carro de Andrade e depois quando as investigações prosseguiram, a gente encontrou uma testemunha que viu esse suspeito na posse do veículo que pertencia a Andrade, já no dia 24 à tarde”, explicou o delegado.

Outro indício da ligação de Geraldo com o assassinato é que ele comprou uma âncora, do mesmo tipo que foi encontrada amarrada ao corpo da vítima. “Depois que o corpo foi encontrado com a âncora, a gente já tinha a informação que esse médico havia comprado uma âncora e só foi a gente juntar essas informações e indicar a autoria dele”, relata o delegado.

Emboscada – Para Roberto Leal, o convite para o passeio de moto aquática no Rio Jacuípe se trataria da emboscada para cometer crime. Mas a polícia ainda não tem uma motivação definida. “O que nós temos são suspeitas das motivações e vamos aprofundar as investigações para tentar entender”, declara. “O que a gente sabe é que, provavelmente, a vítima foi morta com um disparo de arma de fogo na nuca e depois o corpo foi amarrado numa âncora e jogado no Rio Jacuípe”, completa.

O médico Geraldo Júnior preferiu ficar em silêncio após a prisão. Andrade Lopes era do Acre, não tinha parentes na Bahia e trabalhava nas cidades de Araci, Tucano, São Domingos e Jorro.

Atirador – Em seu perfil no Instagram, Geral Júnior se define como médico, atirador esportivo, católico temente a Deus, flamenguista e “pai” de uma cachorra.

Fonte: Metro1

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