Polícia cumpre mandados em operação contra grupo que ameaçou prefeita de Cachoeira

Mandados de busca e apreensão são cumpridos na manhã desta quarta-feira (2). Esta é a segunda operação pelo mesmo crime.

Foto: Alberto Maraux/SSP-BA

A Polícia Civil cumpre, na manhã desta quarta-feira (2), mandados de busca e apreensão na cidade de Cachoeira, no Recôncavo Baiano, em uma operação contra um grupo criminoso que ameaçou de morte a prefeita, Eliana Gonzaga de Jesus (Republicanos).

Esta é a segunda operação pelo mesmo crime. Na primeira foram presas duas pessoas, suspeitas de tráfico de drogas, e um terceiro homem morreu em confronto com os policiais.

A ação foi iniciada pela Secretaria de Segurança Pública da Bahia (SSP-BA) e cumpre os mandados em imóveis da cidade. A polícia detalhou que as investigações apontam que há participação de suspeitos de tráfico nas ameaças.

Ameaças

Eliana Gonzaga de Jesus, prefeita de Cachoeira, cidade do recôncavo da Bahia — Foto: Alberto Maraux/SSP-BA

A prefeita Eliana Gonzaga, de 52 anos, começou a receber as ameaças de morte quando ainda estava na campanha que a elegeu, no ano passado. Ela chegou a registrar dois boletins de ocorrência na delegacia de Cachoeira. A prefeita passou a ser escoltada por policiais por causa das ameaças.

Eliana, que é a primeira mulher negra a ser eleita para a prefeitura de Cachoeira, acredita que as ameaças são causadas por racismo ou motivações políticas.

“Eu tenho certeza que se eu não tivesse a minha pele negra, se eu não tivesse vindo da família que eu venho, de baixa renda, que representa uma categoria de trabalhadores, porque nós somos militantes sindicais, representando a agricultura familiar, isso não estaria acontecendo”, disse a prefeita na época.

Entre o final de 2020 e março deste ano, dois militantes da campanha de Eliana foram mortos. Na época, a prefeita afirmou que, após as mortes, as pessoas da cidade comentavam que existia uma lista com o nome de várias pessoas ligadas a campanha dela, que seriam os próximos alvos dos criminosos e que ela não assumiria o cargo.

Segundo Eliana de Jesus, ela ajudou várias pessoas a se mudarem para a região metropolitana de Salvador, para que se protegessem dos criminosos. A situação é investigada pela polícia.

Fonte: G1

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