Conheça como funciona o ciclo de monitoramento das pessoas com Covid-19 em Alagoinhas

Foto: Aloísio Neto

Desde o início da pandemia pelo novo coronavírus, em março de 2020, Alagoinhas começou a rastrear os casos suspeitos da Covid-19 no município e a fazer o monitoramento clínico e epidemiológico dos casos confirmados.

Os dados de contágio do Sars-CoV-2 na população alagoinhense dão suporte para a tomada de decisões e melhoria contínua na condução da prefeitura no enfrentamento à doença. “Quanto mais fidedignos são os dados levantados, mais assertivas são as ações de enfrentamento da Covid-19 na nossa cidade”, destaca o prefeito Joaquim Neto.

Com base nas orientações do Ministério da Saúde, a Secretaria de Saúde (SESAU) elaborou um Manual de Monitoramento da Covid-19, norteando o trabalho feito pelas equipes da Sala de Situação da Vigilância Epidemiológica (VIEP) e da Atenção Básica.

Coleta de Dados

Existe uma planilha padrão feita pela Secretaria de Saúde do Estado (SESAB) e indicada para os municípios usarem na coleta de dados. A partir dela, a SESAU organiza as informações, realiza o acompanhamento através de ligações telefônicas e mensagens de texto, prepara o boletim epidemiológico diário e o relatório da evolução da doença em Alagoinhas. Depois, esses dados são direcionados ao Núcleo Regional de Saúde e aos canais de comunicação da prefeitura, e disseminados para os veículos de imprensa para que a população possa acompanhar.

Monitoramento clínico e epidemiológico

A Vigilância Epidemiológica recebe do Laboratório Central de Saúde Pública (LACEN) o resultado do exame para detecção da Covid-19 e entra em contato com o paciente para informá-lo. Os casos positivos são priorizados.

É nesse momento que a SESAU fornece diretamente ao munícipe orientações necessárias para a contenção do vírus e, também, pergunta sobre a unidade de saúde da família onde o paciente costuma ser atendido. Com essa informação, a Vigilância Epidemiológica aciona a equipe da Atenção Básica para seguir com o monitoramento até a alta médica.

O monitoramento clínico acompanha a evolução do paciente e orienta sobre a necessidade de buscar atendimento no serviço de saúde, quando for o caso; enquanto o monitoramento epidemiológico processa os dados para ancorar o planejamento municipal para o enfrentamento da doença.

Foto: Aloísio Neto

Situações adversas

Para que o monitoramento aconteça, a Secretaria de Saúde precisa estar ciente de todos casos. De acordo com a coordenadora da VIEP, Eliziane Oliveira, há uma dificuldade importante no processamento dos casos de Covid-19 identificados pela rede privada de saúde.

“Eles precisam mandar os dados em planilha padrão, diariamente, para que as informações do município estejam completas e colaborem com medidas de enfrentamento cada vez mais acertadas”, destaca Eliziane. Quando essas informações da rede privada não chegam, a Vigilância Sanitária é acionada e pode autuar a empresa infratora, como já aconteceu.

Outra dificuldade enfrentada pela equipe de monitoramento, e que pode ter a colaboração dos pacientes, diz respeito ao número de contato fornecido no momento da testagem. “É muito importante que a população fique atenta para o contato fornecido. Muitas ligações feitas pela nossa equipe de monitoramento caem na caixa postal ou ninguém atende”, explica Telma Pio, diretora da Vigilância em Saúde.

A contaminação pelo novo coronavírus aumenta quando a população não segue os protocolos de biossegurança como, por exemplo, o uso de máscaras e álcool a 70%, o distanciamento e/ou isolamento social. Isso sobrecarrega o sistema de saúde municipal e dificulta a assistência ao usuário. O LACEN, por exemplo, que chegou a entregar resultados do exame RT-PCR em 3 dias, com o aumento das solicitações, está entregando em 7 a 9 dias.

“Usar máscaras apropriadas, cuidar da higiene das mãos e manter o distanciamento social ainda são medidas coletivas muito importantes nesse contexto pandêmico”, destaca a enfermeira e secretária de saúde, Laína Passos.

Fonte: Secretaria de Saúde de Alagoinhas

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