O ministro da Saúde Marcelo Queiroga afirmou que, caso os calendários de vacinação sigam como previsto, o intervalo entre doses da vacina Pfizer deve ser reduzido de 90 para 21 dias. A informação foi divulgada por ele durante entrevista coletiva em evento piloto de testagem em massa, na manhã de hoje.
A redução do tempo entre doses deve acontecer, segundo a autoridade, após o avanço total da primeira dose, que tem término das aplicações previsto para setembro.
“Nós já anunciamos que a Pfizer, quando a primeira dose estiver mais avançada, o intervalo vai ser reduzido pra 21 dias”, afirmou o ministro, questionado também sobre uma possível terceira dose, o que, segundo ele, é uma discussão que ainda está em fase de pesquisa.
“Quando estivermos avançados na segunda dose, precisamos das respostas das pesquisas. Não se pode ter medicina baseada na ciência ‘self service’. O Ministério da Saúde contratou um estudo para avaliar os agentes imunizantes do PNI (Plano Nacional de Imunização) em relação à melhor estratégia dessa terceira dose. Então, após as respostas desse estudo, o que é feito com certa celeridade, nós já teremos a segunda dose avançando para a população acima de 18 anos e aí é o momento de se considerar a aplicação de uma terceira dose”, argumentou.
Pfizer: Bula recomenda 21 dias de intervalo
A Pfizer, produtora da vacina ComiRNAty ao lado da Biontech, reforçou que a bula do imunizante registrada na Anvisa já recomenda um intervalo de 21 dias entre doses, mas que os regimes de dosagem ficam a critério das autoridades de saúde e podem incluir recomendações seguindo os princípios locais de saúde pública.
“Sobre o ajuste no intervalo das doses para 21 dias pelo Governo Brasileiro, a Pfizer reitera seu compromisso com a ciência e segue à disposição para colaborar com as autoridades locais no que tange aos dados disponíveis e estudos realizados até o momento”, completou.
200 milhões de doses distribuídas
No evento, Queiroga ainda aproveitou para comemorar as marcas apuradas pelo Ministério da Saúde, de mais de 70% da população acima de 18 anos vacinada com a primeira dose, 30% dos brasileiros totalmente imunizados e mais de 200 milhões de doses distribuídas.
Ele também declarou que a previsão é que agosto e setembro tenham a mesma meta de distribuição de doses: 60 milhões a cada mês, elogiando ainda o sistema de distribuição, que definiu como “eficiente”.
O ministro também pediu o fim do que definiu como “guerra das vacinas”, afirmando que o Governo Federal segue critérios demográficos para distribuir imunizantes.
Fonte: OUL