Prefeitura do Rio deve flexibilizar o uso de máscaras a partir do dia 15; confira as etapas do plano de reabertura da cidade

Medida, em locais abertos e sem aglomeração, será possível quando a cobertura vacinal completa da população atingir 65%

Prefeito Eduardo Paes crê que cobertura vacinal será atingida no dia 15 Foto: Gabriel de Paiva / Agência O Globo

Com o avanço da vacinação na cidade e os indicadores da Covid-19 em queda, a prefeitura do Rio acredita que no dia 15 de outubro, o município poderá atingir a cobertura vacinal completa de 65% da população, que libera a obrigatoriedade do uso de máscaras em locais abertos e sem aglomeração. A informação consta em ata de uma reunião do comitê científico que foi compartilhada pelo prefeito, Eduardo Paes, numa rede social, na tarde desta segunda-feira.

“O Comitê Científico é composto por 2 ex-ministros da saúde, por um ex-secretário nacional de vigilância em saúde, além de representantes da UFRJ, Uerj, UniRio e FioCruz. Eles é que dão o comando aqui em conjunto com o secretário”, escreveu o prefeito, que continuou: “Meus comentários partem sempre do que decide o Comitê Científico. Ou é para seguir a ciência ou não é! Eu sigo”.

De acordo com dados desta segunda-feira, 56,5% dos cariocas já estão com a imunização completa. Esse dado é que anima o prefeito a acreditar que até a semana que vem pode atingir a cobertura vacinal que possibilitará flexibilização do uso de máscaras na cidade.

O documento compartilhado pelo prefeito mostra que quando a cidade atingir 65% da população com a esquema vacinal completo, além da liberação do uso de máscaras em local aberto e sem aglomeração, também serão permitidos eventos para até mil pessoas em locais abertos, sendo que nesse caso, a proteção facial continua sendo obrigatória, mas não haverá necessidade de exigência de apresentação de teste de Covid-19.

Ainda nesta fase, as danceterias, boates, casas de shows e festas voltam a ser permitidas. Porém, nesses casos será necessário apresentar comprovação de esquema vacinal completo. Uso de máscara também será obrigatória e capacidade de público nestas situações estará limitada a 50% da capacidade desses espaços.

A prefeitura pode ainda permitir a realização de mais eventos testes para mais de mil pessoas, sendo que nesses casos a apresentação do passaporte de vacina e do teste de Covid-19 continuam sendo obrigatórios.

A prefeitura espera avançar ainda mais nas flexibilizações em novembro, quando estima que 80% dos moradores da cidade já terão tomado as duas doses vacina ou sido imunizada em dose única. Se, associado ao avanço na vacinação, os indicadores continuarem em queda, a previsão é de que quase não haverá mais restrições. Nesse caso, as máscaras só serão obrigatórias nos transportes públicos, nas unidades de saúde ou em locais fechados de grande aglomerações. O infectologista Alberto Chebabo, do Hospital Universitário Clementino Fraga (UFRJ), acredita que nessa fase, a proteção será necessária apenas em situações específicas:

— Vai ficar ainda mantido (as máscaras) em locais fechados e mesmo em ambientes externos quando tiver aglomeração como em pontos de ônibus com muita gente, numa estação de trem , por exemplo onde você tem uma aglomeração muito grande ainda vai ser recomendado que as pessoas utilizem (a máscara). Mas, de uma forma geral na rua, em ambiente externo altamente ventilado o risco de transmissão é bem menor — disse em entrevista ao RJTV2.

A pneumologista Margareth Dalcolmo, diz que seria mais educativo nesse momento incentivar o uso da proteção facial, em vez de flexibilizar. Ela defende ainda a manutenção da obrigatoriedade do passaporte de vacina para frequentar espaços de uso coletivo. Na sua opinião, 65% de cobertura vacinal ainda não é um uma taxa de conforto para dispensar máscaras.

— É assumir um risco. É tomar uma medida que, a meu ver, não é fundamental. Fundamental agora é garantir o máximo possível de cobertura vacinal da população, alcançar uma taxa de relativo conforto sanitário, que seria de 80% da população (com imunização completa) — aponta a pesquisador da Fiocruz .

Os idosos voltaram a ser maioria nos postos de vacinação, nessa semana. Nessa segunda-feira, a dose de reforço começou para quem tem 77 anos ou mais. A idade irá caindo gradativamente até chegar a quem tem 73 anos ou mais no sábado.

Até o próximo dia 9 será aplicada dose de reforço também para os profissionais da saúde com mais de 60 anos. Já a primeira dose poderá ser tomada em qualquer posto por qualquer pessoa, acima de 12 anos. De acordo com a prefeitura, a parcela de público nesse situação responde por menos de 1% da população.

Quem ainda não tomou a segunda dose deve acompanhar as datas programadas nos comprovantes de vacinação. A exceção é para quem tomou o imunizante da Pfizer e tem mais de 40 anos. Para esse público, o intervalo entre as vacinas passou para 21 dias.

De acordo com dados da Secretaria de Estado de Saúde, o avanço da vacinação é responsável pela redução de mortes por Covid-19 no Rio de Janeiro. Os números mostram que setembro foi o mês desse ano com o menos óbitos. Foram 2.070 mortes, 34% a menos que o de agosto (3.215), quando a variante Delta se tornou predominante no estado.

Abril desse ano foi o mês mais fatal da pandemia com 7.905 mortes, quase quatro vezes o número registrado em setembro. Com relação ao número de casos, a queda foi de 83% comparando dois períodos: a semana entre 15 e 21 de agosto com 12 a 18 de setembro.

Fonte: O Globo

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