O vereador paulista Thammy Miranda (PL) anunciou sua saída do partido após o presidente Jair Bolsonaro se filiar à legenda. Em um vídeo postado nas redes sociais, o primeiro homem trans eleito para a Câmara Municipal de São Paulo disse que já sofreu ataques pessoais da família do presidente.
“Com a ida do presidente para o Partido Liberal, do qual eu faço parte, estou dando entrada na minha desfiliação. Eu vou sair do partido. A gente tem ideias diferentes, além de que eu já sofri ataques pessoais de membros da família do presidente, inclusive contra o meu filho, quando ainda era recém-nascido”, afirmou o vereador.
O político, eleito em 2020 com 43.297 votos, sendo o 9º mais votado da capital, disse que não entrou na política “para atacar ninguém, nem para desrespeitar qualquer pessoa”.
“O meu foco é trabalho, representar pessoas. Vou seguir fazendo o meu trabalho, pelo qual fui eleito, sem me preocupar com o partido, mas de olho no que as pessoas precisam”, disse.
Filiação de Bolsonaro causa outra baixa Além de Thammy Miranda, o vice-presidente da Câmara dos Deputados, Marcelo Ramos (PL-AM), disse que não daria as boas-vindas a Jair Bolsonaro no PL. O político ressaltou que a filiação do presidente da República ao partido torna sua presença “incompatível” no partido.
“Talvez eu não seja a pessoa adequada a dar boas-vindas a Bolsonaro no PL. Torna incompatível a minha presença no partido. Muito difícil a minha permanência”, afirmou.
O deputado citou PSB, PSD e Republicanos como exemplos de siglas às quais ele pode se filiar. Na avaliação dele, a sigla ainda vai perder integrantes fiéis com a chegada de Bolsonaro.
Jair Bolsonaro se filiou ao PL na manhã de hoje em um evento em Brasília. Com clima religioso e conservador, a cerimônia reuniu políticos e autoridades e teve um discurso do presidente com diversos acenos ao Congresso para marcar oficialmente a retomada do casamento do seu governo com o centrão.
Fonte: UOL