É o maior patamar da Selic em mais de 4 anos; decisão mudará o rendimento da caderneta de poupança
O Copom (Comitê de Política Monetária), órgão do Banco Central, anunciou nesta quarta-feira (8) o aumento da taxa básica de juros, a Selic, de 7,75% ao ano para 9,25% ao ano. Este é o sétimo aumento consecutivo, e o maior patamar em mais de 4 anos.
O novo valor altera a forma de cálculo da poupança, investimento mais utilizado pelo brasileiro. Atualmente, o rendimento equivale a 70% do valor da Selic mais a Taxa Referencial, zerada pelo BC.
Mas, desde 2012, uma nova fórmula foi inserida para quando a Selic ultrapassa 8,5%. Neste caso, o rendimento fica fixado em 0,5% ao mês ou 6,17% ao ano, cálculo que vale de forma permanente para todas as poupanças criadas antes de 2012.
Na prática, o lucro com a poupança ainda ficará abaixo da inflação. Por exemplo, na fórmula atual com a Selic a 7,75%, investindo R$ 1 mil, o rendimento no ano é de R$ 54 em um ano. Já com a Selic a 9,25% sem TR, renderia R$ 61.
Ômicron e inflação
A decisão do Copom foi unânime. O comitê justificou a decisão citando que “a possibilidade de nova onda da Covid-19 durante o inverno [no hemisfério norte] e o aparecimento da variante Ômicron adicionam incerteza quanto ao ritmo de recuperação nas economias centrais.”
Para a próxima reunião, o Comitê prevê outro ajuste da mesma magnitude, sinalizando que a Selic chegue a 10,75% em fevereiro. Entre 20 de janeiro (a primeira reunião do ano) e 8 de dezembro, foi o aumento mais agressivo que o Banco Central já fez em quase 20 anos.
Fonte: Da Redação