Presidente da Asmop, Adailson Couto, aponta que fiscalização ainda é precária e que ações na área resultam na economia no sistema de saúde
Corridas rápidas, profissionais em todas as esquinas e um precinho, em geral, mais compensador, são fatores que fizeram o serviço de mototaxistas cair no gosto da galera. É fato que a qualidade do serviço mudou e os prestadores têm tido mais atenção, mas, além da responsabilidade, é necessário controle. No entanto, segundo a Federação Nacional da Inspeção Veicular (Fenive), a falta de fiscalização sobre a manutenção de motocicletas colabora para o aumento dos riscos de acidentes.
O presidente da Associação de Motociclistas Profissionais da Bahia (Asmop), Adailson Couto, aponta que “a fiscalização ainda é precária. Quando os órgãos perceberem que com fiscalização e políticas sérias haverá economia no sistema de saúde, passará a ser realizado da forma adequada”.
A equipe de reportagem procurou a Transalvador para buscar informações sobre a atuação do órgão, mas não teve resposta até o fechamento desta edição.
É preciso, também, que os prestadores sigam regras, em especial, as de segurança. E a regulamentação e legislação têm contribuído para esa adequação.
A resolução do Conselho Nacional de Trânsito (Contran) 943/22 é uma das ferramentas que auxiliam nesse quesito, estabelecendo requisitos mínimos de segurança para o transporte remunerado de passageiros. Seguir essa resolução é um passo importante para evitar acidentes com motociclistas.
Ocorrências
Uma pesquisa da Associação Brasileira de Medicina do Tráfego (Abramet) apontou que, entre março de 2020 e julho de 2021, o Sistema Único de Saúde (SUS) registrou 308 mil internações de pessoas em decorrência de acidentes de trânsito em todo o Brasil. Mais da metade, 54%, eram motociclistas.
Combate
Com o objetivo de reduzir essa estatística entre os prestadores do serviço de mototáxi, a Asmop busca agir através da educação.
“Nós passamos por qualificação a cada cinco anos para renovar o curso. Todo ano, antes do período do carnaval, nós passamos por um curso de aperfeiçoamento e direção. Nós possuímos treinamento específico para a categoria e também é obrigatório possuir todos os equipamentos de segurança, como capacetes e coletivos refletivos e corta pipa”, explica o presidente da Asmop.
Fonte: A Tarde