O texto faz parte de uma estratégia de tentar se aproximar da ala religiosa
O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) se reuniu, na manhã desta quarta-feira (19), com cerca de 200 evangélicos em São Paulo, para a divulgação de uma carta aos fiéis. O encontro faz parte de uma estratégia de tentar se aproximar da ala religiosa, que majoritariamente tem apoiado seu adversário no segundo turno, Jair Bolsonaro (PL).
A carta foi lida pelo ex-ministro Gilberto Carvalho. O evento aconteceu em um hotel no bairro Jardim Paulistano, área nobre da zona oeste da capital paulista. Lula chegou ao local, uma sala de conferência, ao som de música gospel. Em seguida, foi feita uma oração, agradecendo o ex-presidente e celebrando a vacina de Covid-19.
Na carta, Lula reforçou seu histórico de envolvimento no incentivo à liberdade religiosa dos governos. “Destaco a Reforma do Código Civil assegurando a Liberdade Religiosa no Brasil, o Decreto que criou o dia dedicado à Marcha para Jesus e ainda o Dia Nacional dos Evangélicos. Mantenho o mesmo respeito e o mesmo compromisso que me motivou a apoiar essas conquistas do povo evangélico”, diz trecho da carta.
O texto foi utilizado também para rebater a fake news de que fecharia igrejas e, citando Deus e trechos bíblicos, a carta abordou a necessidade de cuidado com os mais pobres. “Todos sabem que nunca houve qualquer risco ao funcionamento das Igrejas enquanto fui Presidente. Pelo contrário. Com a prosperidade que ajudamos a construir, foi no nosso Governo que as Igrejas mais cresceram, principalmente as Evangélicas, sem qualquer impedimento e até tiveram condições de enviar missionários para outros países”, diz o texto.
Lula também dedicou partes da carta para falar sobre o cuidado com as famílias brasileiras. “O respeito à família sempre foi um valor central na minha vida, que se reflete no profundo amor que dedico à minha esposa, aos meus filhos e netos. Por isso compreendo o lugar central que a família ocupa na fé cristã”, afirmou, reforçando que apoiar a família é dar comida e habitação.
“De nada adianta se dizer defensor da Família e ao mesmo tempo destruí-las pela miséria, pelo desemprego, pelo corte das políticas sociais e de moradia popular. Queremos dar às famílias, prosperidade e segurança. O Lar é a garantia de proteção. É inaceitável que milhões de brasileiros e brasileiras não tenham um teto.”
Fonte: Metro1