Como o Conselho Municipal de Transporte é um órgão consultivo, o resultado da reunião será levado ao prefeito Joaquim Neto, que pode chancelar ou não estes reajustes.
O Conselho Municipal de Transportes se reuniu, na tarde desta terça-feira (7), no espaço COLABORAR, para discutir, entre diversos assuntos, a melhoria no serviço de transporte coletivo, implantação de paradas de ônibus e a fixação dos índices de reajustes das passagens do transporte coletivo do município.
O principal ponto discutido foi o reajuste das tarifas. “Toda discussão sobre aumento de tarifas tem que ter previamente a reunião com o Conselho. Depois disto, encaminhamos nossas conclusões para o Executivo. Temos a consciência que nossas observações sobre o transporte coletivo atingem muita gente, como estudantes, deficientes, idosos e trabalhadores”, destacou um dos integrantes com exclusividade para o portal Se Liga Alagoinhas.
O aumento foi aprovador por unanimidade dos presente, votando contra o aumento apenas a UAMA.
Como o Conselho Municipal de Transporte é um órgão consultivo, o resultado da reunião será levado ao prefeito Joaquim Neto, que pode chancelar ou não estes reajustes.
A medida visa conter a diferença entre a tarifa técnica (valor do custo real do serviço) hoje estimado em R$ 6,15 e a tarifa pública (valor decretado pela prefeitura) que hoje é de R$ 3,90. O subfinanciamento do sistema é apontado como o principal causador dos problemas existentes no transporte coletivo, são eles: falta de ônibus em diversas localidades, atraso de horários, frota de ônibus sucateada e dificuldades da empresa concessionária em honrar compromissos com seus funcionários. Sem alguma forma de compensação da diferença entre a tarifa técnica estimada e a tarifa pública praticada, corre-se o risco de, em pouco tempo, Alagoinhas ficar sem o serviço.
Segundo dados de uma consultoria contratada pela SMTT, hoje o sistema transporta por mês, em média, 107 mil passageiros/não pagantes. Ao mesmo tempo que transporta, em média, 294 mil passageiros equivalentes/mês (número extraído da divisão do valor da receita mensal da empresa pelo valor da tarifa). Os números são bem abaixo daqueles registrados em 2019, antes da pandemia, onde o sistema transportava em média 600 mil passageiros mês. Atualmente todo o custo das gratuidades recai sobre a tarifa paga pelo usuário pagante.
Fonte: Se Liga Alagoinhas