A brincadeira tomou conta de diversos estabelecimentos alimentícios, mas ao consumidor, vale o alerta: o uso excessivo do corante pode trazer malefícios à saúde.
A estreia do filme ‘Barbie’ fez o comércio de alimentos entrar na “onda” da boneca mais famosa e desejada do mundo, e o corante rosa passou a fazer parte de algumas receitas, entre elas, do nosso tradicional acarajé. A brincadeira tomou conta de diversos estabelecimentos alimentícios, mas ao consumidor, vale o alerta: o uso excessivo do corante pode trazer malefícios à saúde.
O professor e pesquisador de Nutrição da Faculdade de Ciências Aplicadas (FCA) da Unicamp Maurício Rostagno, falou ao Portal G1, e destacou que é preciso ficar atento à forma de usar o corante. “O problema dessa onda do rosa é o excesso, não só o excesso pontual, uma exposição aguda a esses corantes artificiais, que podem causar uma reação também aguda, mas uma exposição frequente e acima desses níveis seguros que pode provocar doenças sérias”, disse.
O professor alertou, ainda, que existem estudos que apontam a substância como cancerígena e que ligam o uso do produto com possíveis alergias e hiperatividade, quando utilizado acima das quantidades recomendadas. A substância que mais tem sido utilizada para dar o tom da “Barbie” aos alimentos é a eritrosina – um corante rosa-cereja produzido a partir de uma reação química, derivado de um sal sódico.
De acordo com o pesquisador, a melhor alternativa para dar cor aos alimentos são os corantes naturais, que podem ser obtidos de diversas formas e, além de serem mais saudáveis, não afetam ou poluem o meio ambiente, como é o caso dos sintéticos. “Corantes naturais, como o carmim cochonilha, feito a partir de um inseto e utilizado por várias indústrias grandes e até em maquiagens, é uma boa opção. Existem pesquisas para desenvolver outros corantes naturais, a partir de casca de uva e jabuticaba, para substituir esses corantes sintéticos que são muito preocupantes, a fim de reduzir o consumo dos mesmos”, pontuou.
Fonte: Metro1