Dia do Médico: entenda a importância desse profissional

A jornada do médico é repleta de desafios e muitas vezes de abdicações pessoais em nome do amor à profissão

Foto: Reprodução

Hoje (18), é uma data que comemora não apenas uma profissão, mas sim homens e mulheres que se dedicam incansavelmente à saúde do próximo acima de tudo. O Dia do Médico é um momento oportuno de homenagear os profissionais que se dedicam diariamente à saúde e bem-estar das pessoas, utilizando suas competências e habilidades para diagnosticar, prevenir, tratar doenças e salvar vidas. A referida data é em homenagem a São Lucas, evangelista e médico, simbolizando a confluência da fé e da ciência na busca incessante pela cura e pelo alívio do sofrimento.

A jornada de um médico é repleta de grandes desafios, pois através de anos de estudo, especializações e abdicações pessoais, os profissionais continuam em constante atualização de novas abordagens e métodos mais avançados e menos invasivos para que possam servir o melhor da profissão a sociedade.

O médico Augusto Sampaio, pediatra há 62 anos, afirma sua gratidão pela profissão que escolheu há tantos anos. “A medicina ainda é bastante valorizada e dependendo da área que o profissional esteja e da sua especialidade, tem um valor maior ainda. Na minha cabeça, não existe profissão mais bonita do que ser médico, amo cuidar de cada criança que passa pelo meu consultório. Neste dia que nos homenageia, eu digo que resistam, pois mesmo sendo valorizados, tem uma  depreciação por conta do grande volume de novos profissionais que estão se formando e indo direto para atuação. O médico está em constante renovação de aprendizado, técnicas e abordagens, não paramos de estudar nunca. Então para mim, o Dia do Médico deve ser considerado o dia da resistência, porque depois da tempestade vem a bonança.”

No período da pandemia, a medicina se revelou de grande coragem e resiliência a todo momento. Enfrentando riscos e batalhando incansavelmente para salvar vidas, mesmo que isso signifique arriscar as suas próprias. Os médicos e médicas foram o maior suporte de combate contra o vírus. O infectologista, doutor Roberto Badaró, conta das dificuldades que enfrentou na época.

“Durante a pandemia eu atendi cerca de 18 mil pacientes, tanto particulares como de graça em meu consultório. Foi um momento bem difícil e bastante precário para todos, financeiramente. A minha profissão estava acima de qualquer valor que eu recebesse em troca do meu trabalho e assim continua sendo. Escolhi esta profissão, estudei e me dediquei por anos para cuidar do próximo com amor e cuidado.”, afirma o infectologista

Neste Dia do Médico, devemos reforçar o respeito a todos os profissionais da medicina, e que cada paciente saiba tratar o profissional que te atende com valorização e  respeito. “Ser médico é além de apenas um atendimento, tem que saber fazer um bom acolhimento, tem que saber ter uma boa conversa com o paciente, entender seus sintomas de forma correta. A medicina hoje é uma profissão difícil, o médico tem que entender o que o paciente precisa para ajudá-lo da forma certa.

“A medicina atual é bem valorizada, porém está um tanto saturada com o volume de novos médicos que estão sendo formados em tantas novas faculdades. Alguns hospitais trabalham com preço por tabela de seguradora e o valor repassado  por cada consulta feita não é o correto que a profissão merece receber, devido a tantos anos de estudo e especialização da área. Mas, neste dia do médico, principalmente aos novos que estão chegando, eu recomendo a não ter pressa na hora de exercer a sua profissão. Estudem muito, se especializem e se dediquem ao máximo para ser um grande médico, com o intuito maior de tratar o seu paciente da melhor forma possível.”, salienta o Badaró.

CURSOS DE MEDICINA

No Dia do Médico, a Associação Bahiana de Medicina (ABM), chama a atenção para a quantidade de cursos de medicina que estão sendo abertos no país. O risco maior, para a entidade, é que os pacientes sejam expostos a médicos com formação insuficiente.

De acordo com dados da ABM, o país possui mais de 560 mil médicos, tendo 2,7 profissionais por 1 mil habitantes. Esse índice praticamente dobrou desde 2013 e supera os de países como Japão e Estados Unidos. Atualmente, com 389 escolas de medicina em funcionamento, que juntas formam mais de 30 mil profissionais por ano, até 2035, o País terá cerca de 1 milhão de médicos em atividade.

Com isso, o Conselho Federal de Medicina (CFM) junto a ABM, defendem a necessidade de adoção de critérios mínimos para implantação de cursos de medicina, a exemplo da presença de hospitais de ensino nos municípios onde funcionam. O entendimento da associação é de que o país não precisa apenas de mais médicos, mas sim de médicos com uma melhor formação profissional.

Fonte: AT

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