Cerca de 18% dos brasileiros nascidos por ano são filhos de mães adolescentes, taxa maior que a mundial, segundo o Fundo de População das Nações Unidas (UNFPA). Tal contexto motivou o Governo Federal a instituir, em todo o território brasileiro, a Semana Nacional de Prevenção à Gravidez na Adolescência.
Em Alagoinhas, a Semana foi organizada pela Secretaria Municipal de Assistência Social (SEMAS). As atividades programadas começaram na segunda-feira (15), encerrando-se nesta sexta-feira (19), após cinco dias de muito diálogo com a comunidade.
No último dia do evento, o Rolê da Prevenção surpreendeu os transeuntes que aproveitavam a praça Rui Barbosa. Colaboradores da SEMAS, com a participação do Programa Criança Feliz e dos equipamentos de proteção social fizeram um trabalho de conscientização sobre o tema, distribuindo panfletos e apresentando informações seguras à comunidade.
O risco de morte materna é duas vezes maior entre mães com menos de 15 anos de idade, o que representa 2 milhões de meninas recém saídas da infância. Outro prejuízo, é o abandono dos estudos.
A jovem Lara Santos, que tem 19 anos e passeava pela praça, disse que praticamente não teve educação sexual no colégio em que estudou. Nele, viu duas alunas, com 14 e 13 anos, engravidarem. “Elas não tinham nenhuma base de como é que iria ser, muito menos tiveram o apoio dos pais, que são os adultos responsáveis”
“Há risco de saúde, risco de morte, impacta na autonomia das adolescentes, sem falar no preparo psicológico que as jovens ainda não possuem para manter o cuidado com outra criança”, afirmou Julyanny Oliveira da Cruz, coordenadora do Sistema de Proteção do Direito da Criança e do Adolescente.
Ainda nesta sexta, aconteceu, no Centro de Referência Especializada em Assistência Social – CREAS, uma roda de conversa com tema O cuidado começa com a garantia de direitos.
De acordo com o conselheiro Ramon Carvalho, tem-se observado o aumento da gravidez entre as adolescentes de Alagoinhas. “A gente sabe o quanto isso acarreta em uma série de implicações, por isso precisamos sensibilizar esses adolescentes sobre as consequências das gestação precoce”.
Fonte: SECOM