De agosto de 2020 a julho de 2021, foram derrubados cerca de 8.712 km² de floresta
O Brasil registrou o segundo pior ano de desmatamento na Amazônia da série histórica.
Milhares de árvores no chão e o fogo devastando a floresta, mostram imagens feitas pela organização Greenpeace no Pará e Amazonas na semana passada. Entre agosto de 2020 e 31 de julho deste ano, os alertas de desmatamento somaram 8,7 mil quilômetros quadrados em toda a Amazônia. A área devastada tem quase seis vezes o tamanho da cidade de São Paulo.
Foi o segundo pior índice de desmatamento dos últimos cinco anos, desde que o Inpe aperfeiçoou o sistema de medição. O total desmatado foi apenas 5,5% menor que no período anterior.
Segundo ambientalistas, o desmatamento ainda está num patamar muito alto e avança principalmente nas chamadas florestas públicas não destinadas, onde estados e a União ainda não determinaram a finalidade delas. Com a falta de regularização fundiária, essas áreas de mata nativa costumam ser menos protegidas e são o principal alvo dos grileiros, que invadem, desmatam e vendem as terras ilegalmente.
“Os órgãos ambientais seguem enfraquecidos, as poucas medidas empregadas pelo governo federal são comprovadamente ineficientes. Além disso, o Congresso tem discutido e aprovado uma série de alterações negativas na legislação, que estimulam mais desmatamento e invasões de terras públicas”, diz Cristiane Mazzetti, gestora ambiental do Greenpeace.
Fonte: O Globo