O caso da menina Beatriz Angélica Mota, de 7 anos, morta dentro de um colégio em Petrolina (PE), finalmente teve uma conclusão. Seis anos, um mês e um dia depois do crime, um homem assumiu ter matado a criança a facadas.
O suspeito foi identificado pela Polícia Científica de Pernambuco, que conseguiu encontrar o DNA na arma do crime. Marcelo da Silva, de 40 anos, que está preso por outros crimes na cidade de Salgueiro, também em Pernambuco, tinha seus dados genéticos no Banco Estadual de Perfis Genéticos. Ao ser confrontado, confessou sua participação no homicídio.
Desde a data do assassinato, foram realizadas sete perícias. O inquérito acumulou 24 volumes, 442 depoimentos e 900 horas de imagens analisadas. Segundo a TV Globo, que teve acesso exclusivo ao laudo final do Caso Beatriz, o documento da perícia técnica não esclarece a motivação do crime. Também não informa quais outros crimes são atribuídos ao homem que está preso.
A peça-chave para o esclarecimento do caso foi a faca usada pelo criminoso Marcelo da Silva, que está preso em Salgueiro, também no Sertão pernambucano.
DNA
Segundo a reportagem, os peritos coletaram o DNA no cabo da arma, deixada no local do homicídio. O DNA da faca foi comparado com o material genético de 125 pessoas, consideradas suspeitas. Todas essas amostras foram coletadas pelos peritos pernambucanos do Instituto de Genética Forense Eduardo Campos, desde 2015.
O laudo mostra, ainda, que o perfil genético obtido a partir da amostra é compatível com o DNA da menina e de MArcelo. Por meio de nota, a Secretaria de Defesa Social afirmou que, ao ser ouvido pelos delegados da Força Tarefa, Marcelo da Silva confessou o assassinato e foi indiciado.
RELEMBRE
Beatriz Angélica Mota estava em uma festa no Colégio Nossa Senhora Auxiliadora, em Petrolina, com os pais, festejando a formatura da irmã. Cerca de 2 mil pessoas estavam na unidade de ensino no dia do evento.
O pai dela era professor de inglês da instituição. A última imagem que a polícia tem de Beatriz foi registrada às 21h59 daquele dia. Ela se afasta da mãe e vai até o bebedouro do colégio, localizado na parte inferior da quadra.
O corpo de garota foi encontrado em um depósito de material esportivo desativado, perto da quadra onde ocorria a solenidade. A menina tinha ferimentos no tórax, membros superiores e inferiores. A faca usada no crime, de tipo peixeira, foi encontrada cravada na região do abdômen da criança.
No dia seguinte, a faca foi tirada de Petrolina e entregue ao Instituto de genética Forense, no Recife. A imagem de uma câmera de segurança mostrando um possível suspeito chegou a circular, mas a polícia não conseguiu identificá-lo.
Depois de passar por oito delegados deferentes, a investigação ficou com uma Força-Tarefa formada por quatro profissionais que passaram a comandar as apurações.
Fonte: Aratu On