Para o pai, o recém-nascido não sofreu um “pequeno corte”, já que teria precisado levar dois pontos no esôfago e de cinco a seis no pescoço
Um bebê teve o pescoço perfurado enquanto era retirado do útero da sua mãe, por meio de uma cesariana, no Hospital da Mulher do Recife (HMR), na terça-feira (26). A criança precisou ser encaminhada para a Unidade de Terapia Intensiva (UTI) da unidade, onde, segundo o pai do bebê, foi necessário que a criança passasse por um procedimento cirúrgico.
“O pescoço do meu filho foi ferido com um corte que atingiu o esôfago dele. Precisou fazer uma sutura de dois pontos no esôfago e outra de cinco a seis pontos no pescoço”, afirmou o pai da criança, o segurança Jamerson Ricardo Pereira da Silva.
Ainda segundo Jamerson, a mãe do bebê, a dona de casa Isabela da Silva Lima, 38, chegou ao HMR já encaminhada de outra unidade de saúde. A mulher teria ido para a Policlínica e Maternidade Professor Arnaldo Marques, na Zona Sul da cidade, mas por causa da pressão alta foi transferida
“Eu estava na hora assistindo ao parto e ninguém esperava por isso. As pessoas estavam trabalhando para tirar meu filho lá de dentro. De repente, começaram a trabalhar para salvar a criança. Foi feita a cirurgia, a criança está respondendo bem. Estava intubado, mas já tiraram, está usando uma sonda”, disse o segurança.
Segundo o G1, a Secretaria de Saúde do Recife, que administra o hospital, confirmou que o bebê foi ferido durante o parto e disse que “lamenta o ocorrido”. No comunicado, a pasta afirmou que, após ser transferida, em trabalho de parto, por apresentar intercorrência de uma gestação de alto risco, a gestante “foi submetida a uma cesariana e o procedimento foi realizado com dificuldade técnica”. Durante as manobras, “houve uma pequena lesão na região cervical do bebê, que foi prontamente identificada pela equipe”.
A Secretaria disse ainda que o recém-nascido recebeu toda assistência necessária e, neste momento, está internado na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) do HMR e “passa bem”. “Após análise da equipe médica da unidade, foi constatado que ele não apresenta nenhum dano neurológico e que não há risco de desenvolver sequelas em função da intercorrência. A Secretaria reforça que está prestando todo auxílio para a mãe e o bebê”, informou, na nota.
Para o pai, o bebê não sofreu um “pequeno corte”, já que teria precisado levar dois pontos no esôfago e de cinco a seis no pescoço. “Nesse exato momento, estou com a nossa advogada. A gente vai ter uma assistência jurídica e a gente não sabe como vai ser a história do meu filho depois. Se ele vai ter alguma sequela e se vai precisar de assistência”, declarou o pai ao G1.