Praça vai sediar eventos esportivos e também espaço para os amadores
Bastante elogiada por todos os visitantes, a Praça dos Esportes, batizada de Praça José Alfredo Menezes, foi inaugurada e vai se transformar no ponto de encontro das famílias de Alagoinhas. A obra custou mais de R$ 2 milhões, parte dos recursos de emenda e outra parte de recursos próprios. A obra foi interrompida por duas vezes, até a prefeitura licitar novamente e acertar na empresa que finalizou o empreendimento. “E quem ganhou foi uma pessoa da terra”, festejou o prefeito Joaquim Neto.
Com a presença dos familiares de José Alfredo Menezes, a placa de inauguração foi descerrada. Os visitantes já desfrutavam da praça desde cedo, antes dos retoques finais.
Nos discursos, muitos elogios à construção da praça, recheada de equipamentos esportivos como pista de skate, quadra poliesportiva coberta, quadra de tênis, campo de futebol de areia, academias de ginástica aberta para jovens e idosos, parquinho infantil e fonte luminosa.
O primeiro a discursar foi o ex-vereador José Alfredo Menezes Filho, o Alfredinho, que fez um breve discurso sobre o seu pai, e também lembrou o nome dos vereadores que em 2019 aprovaram por unanimidade a indicação do nome do professor para a praça.
A professora Iraci Gama lembrou do tempo de três minutos para discursar, pois algumas atividades estavam com horário agendado. Mesmo assim, em dez minutos ela conseguiu fazer um resumo sobre a importância da praça, o engajamento do pessoal da Secet e a responsabilidade da secretaria na promoção dos eventos no local.
O vereador Cleto da Banana, presidente da Câmara Municipal, disse que a Câmara é parceira da cidade na construção de equipamentos importantes e na criação de mecanismos para aumentar a qualidade de vida das pessoas, e que a Praça dos Esportes é importante por diversos aspectos.
O vice-prefeito Roberto Torres, secretário de Serviços Públicos, falou da importância da Praça e do empenho do prefeito Joaquim Neto em consolidar obras que impactam na vida das pessoas.
O prefeito Joaquim Neto falou que já é lembrado como o prefeito das praças, mas não se importa, pois todos esses equipamentos geram felicidade, alegria e entretenimento para as pessoas. “Foi uma longa jornada, desde a aprovação pela Câmara que aprovou o nome da praça, passando pelas críticas de muita gente de que aquele lugar deveria ter outra utilidade, como uma maternidade, mas estamos construindo uma nova maternidade, construímos ao lado da maternidade o centro de cirurgias eletivas, e vamos fazer outras praças como a Praça da Bíblia, no bairro Jardim Petrolar, e tantas outras”, disse Joaquim, atento ao tempo dos eventos do Marathon NigthRun que seria realizado logo em seguida.
Praça foi destino de parques e circos por mais de 35 anos
O local onde a Praça dos Esportes foi instalada foi durante os últimos 35 anos como o local para instalação de parques e circos. Doado à cidade pela Petrobrás, que em meados de 1980 já começava a se desmontar da região, o terreno serviu para essas atividades lúdicas, mas também foi uma área de grande especulação imobiliária. A concessão para uso por parques e circos foi dada pelas últimas administrações.
Hoje, os parques se instalam no entorno do estádio Antônio Carneiro, o Carneirão, mas é desproporcional ao modelo dos brinquedos, gerando desconforto para os usuários. Também não há espaço para circos, uma tradição que vem se perdendo com o tempo.
Várias administrações tentaram vender o terreno, mas sofreu grande crítica da sociedade. Os valores já eram conhecidos do mercado imobiliário, cerca de R$ 4 milhões num período, R$ 6 milhões em outros e, nos últimos anos, antes da consolidação da praça, já era orçado em R$ 10 milhões.
Área próxima ao centro, tendo em seu entorno cinco colégios, restaurantes, clínica, uma agência bancária, um conjunto residencial, e próxima das áreas administrativas como Câmara Municipal, Centro de Cultura, Policlínica, Fórum Ezequiel Pondé e 4º Batalhão da Polícia Militar, quase foi vendida.
Valorização da área
A área no entorno da Praça dos Esportes já foi essencialmente destinada a moradias. Depois da construção do Colégio Modelo e do alargamento da rua em sua frente começou-se a verificar um novo vetor de desenvolvimento econômico.
Muitas pessoas presentes ao evento nasceram ou moraram na rua Luiz Viana. A secretária Mas das Graças Reis, por exemplo, disse que morava no número 226, onde viveu por muitos anos. O homenageado, o professor e advogado José Alfredo Menezes, nasceu e viveu por alguns anos na rua Luiz Viana até mudar-se para outra cidade, depois a capital, mas acabou retornando ao local de origem, onde criou o Colégio Dínamo.
Com a valorização imobiliária da região, muitas casas, como o Colégio Dínamo, se transformaram em pontos comerciais. O restaurante Baita Tchê, a Casa do Bode, o Gastrô e muitas clínicas instaladas no entorno da praça foram moradias de pessoas que se mudaram de cidades ou para conjuntos residenciais.
Alguns desses empreendimentos passaram por melhorias internas e externas apostando exatamente no boom econômico que a praça vai trazer para todos, moradores e empreendedores.
Isso significa que os imóveis ainda destinados a moradias podem se transformar em empreendimentos nos próximos anos, valorizando ainda mais o mercado.
A praça é do povo
A palavra pública tem origem no latim, disse a secretária Iraci Gama, por isso, o uso e a conservação desse bem deve vir também dele. Esse refrão foi repetido por quase todos os oradores, que destacaram que a comunidade deve preservar a praça para tê-la sempre limpa e confortável, disponível para as práticas esportivas.
Isso não aconteceu com a praça da Schin, construída na praça Mário Laerte, em frente ao Colégio Municipal, durante a transição entre a antiga Schincariol e a Brasil Kirin, empresas que não existem mais no município.
Durante muitos anos a praça da Schin era o único equipamento público disponível para o lazer da cidade, mas não dispunha de equipamentos de lazer.
Um parquinho infantil, uma pista de skate, uma quadra telada e um conjunto de bares compunham a estrutura da praça, que tinha como espelho uma fonte luminosa que, por falta de manutenção do prefeito de então, não durou seis meses. Hoje serve para abrigo de mosquitos da dengue, já denunciado por reportagem do Jornal Gazeta dos Municípios, mas sem o olhar da administração.
Sem manutenção e largada de mão, a praça foi se deteriorando e hoje está completamente abandonada. Nem mesmo a empresa que sucedeu a Brasil Kirin se interessou por ela.
Praça da Bíblia será um espaço de contemplação e lazer
A próxima praça que entrará em construção será a praça da Bíblia, a ser instalada na antiga área onde nos últimos 40 anos funcionou o CSU-Centro Social Urbano, no bairro Jardim Petrolar.
O local sempre foi subutilizado, mas era gerido pelo governo do Estado. O prefeito Joaquim Neto prometeu que vai fazer a Praça da Bíblia e dar ao bairro Jardim Petrolar um equipamento moderno e à altura da importância do local, que se desenvolveu muito nos últimos anos, mas nunca ganhou equipamentos públicos de lazer.
O antigo CSU era um espaço destinado a atividades lúsicas e educativas para crianças e idosos, mas foi se desmontando ao longo dos últimos 20 anos, tornando um local insalubre e desconfortável.
Além do Jardim Petrolar, o prefeito Joaquim Neto também anunciou a construção de praças no Estêvão, nos distritos do Riacho da Guia e Boa União e vários bairros da cidade.
Fonte: Gazetas dos Municípios
