Segundo a Polícia Civil, o prêmio de R$ 47,1 milhões da loteria foi a motivação do crime
Jonas Lucas Alves Dias, de 55 anos, o ganhador da Mega-Sena que foi assassinado em Hortolândia (SP), ficou cerca de 20 horas sob o poder dos sequestradores. Segundo a Polícia Civil, o prêmio de R$ 47,1 milhões da loteria foi a motivação do crime. O corpo dele foi enterrado no início da tarde desta sexta-feira, 16, no Cemitério da Saudade, em Sumaré.
Em mais uma etapa das investigações, a Polícia Civil de São Paulo ouviu dois ex-sócios da vítima, para entender como era a rotina de Jonas. De acordo com a delegada responsável pelo caso, após ganhar o dinheiro, em 2020, ele abriu uma empresa com eles, mas em março decidiu sair da sociedade.
“Quando ele ganhou na Mega-Sena, eles teriam constituído essa empresa. Ele e mais dois amigos. Mas desde o início do ano, mas especificamente em março, ele já não estaria mais trabalhando na empresa. Ele não tinha filhos, não tinha esposa. É uma pessoa que o núcleo familiar dele é feito por amigos. Por isso ouvimos os sócios, para que trouxessem quais eram as relações da vítima”, explicou a delegada.
Segundo ela, os criminosos conheciam a rotina da vítima e suas condições financeiras. No entanto, ainda não se sabe se o crime foi praticado por uma quadrilha organizada.
“Não foi uma coisa casual. A gente trabalha com essa linha de não ter sido uma situação casual. Sabiam quem era ele, sabiam a rotina dele e sabiam que ele tinha uma condição financeira muito privilegiada. Agora, falar que foi uma quadrilha, não posso falar”, concluiu.
O que aconteceu
A informação é a de que Jonas Lucas saiu para fazer caminhada na manhã de terça-feira, 13, e não voltou para a casa. A advogada da família relatou à polícia que o homem havia levado apenas carteira e documentos. Ao final do dia, como não foi mais possível contatá-lo, familiares registraram ocorrência de desaparecimento na delegacia eletrônica.
A vítima foi encontrada com sinais de espancamento às margens da Rodovia dos Bandeirantes (SP-348). O homem chegou a ser socorrido e levado ao hospital, mas não resistiu. O médico da unidade atestou traumatismo cranioencefálico como causa da morte.
A Polícia Civil apurou que foram realizadas diversas tentativas de saques, uma delas de R$ 3 milhões, durante o período em que Jonas estava desaparecido.
Fonte: AT