Governadores de 16 estados, incluindo o governador da Bahia, Rui Costa (PT), assinaram uma carta aos presidentes da Câmara dos Deputados e Senado, pedindo que a aprovação do auxílio emergencial no valor de R$ 600. No documento, os gestores estaduais também pedem que o governo federal considere os mesmos critérios de 2020 para o recebimento do benefício.
Na carta, os governadores citam a crise sanitária que o Brasil vem atravessando, com quase 300 mil mortes, desde o início da pandemia, e solicitam apoio financeiro aos mais pobres, até que ocorra a vacinação em massa.
“Agir contra esse cenário requer medidas sanitárias e garantia de uma renda emergencial. Somente com essas medidas seremos capazes de evitar o avanço da morte. Por isso, entendemos que a redução dos valores do auxílio emergencial é inadequada para a eficácia da proteção da população. Enquanto a vacinação não acontecer em massa, precisamos garantir renda para a população mais vulnerável”, diz trecho do documento.
Os gestores também sugerem que as quantias anunciadas para a noda rodada de auxílios, fixadas em R$ 150, R$ 250 e R$ 375, não são suficientes. “Exatamente há um ano, no início da pandemia, os governadores manifestaram-se favoráveis à implantação de uma renda básica no país. Hoje, mais do que nunca, é comprovada a sua necessidade e urgência e o impacto que se pode alcançar. Por isso, neste momento, defendemos auxílio emergencial de R$ 600, com os mesmos critérios de acesso de 2020”, solicitam.
De acordo com as novas regras para recebimento do auxílio emergencial, anunciadas pelo governo federal, 22,6 milhões de brasileiros ficarão sem auxílio em 2021. O benefício só será pago a famílias com renda total de até três salários mínimos por mês, desde que a renda da pessoa seja inferior a meio salário mínimo.
Imagem: reprodução/Twitter
Apenas os governadores do Acre, Amazonas, Rondônia, Roraima, Tocantins, Minas Gerais, Rio de Janeiro, Mato Grosso, Goiás, Santa Catarina e Distrito Federal não assinaram o documento.
Fonte: Aratu On