Uma notícia tem sido destaque nas redes socias neste domingo (28). Com o sonho de recomeçar uma nova vida em local perto da praia, Edna e Maria Gabrielly partiram de Curitiba para Pernambuco. Porém com a mudança para outra localidade em plena época de pandemia, a situação ficou difícil e as economias foram acabando ao ponto de serem ameaçadas de despejo em razão de atraso do aluguel.
“Tem muita dificuldade no meio do caminho. Só que quando a dificuldade está na sua frente, você tem que achar uma saída para ela. São barreiras que você tem que ir derrubando. E a gente fez isso, né?”, afirmou Edna.
Mãe e filha não pensaram duas vezes em buscar uma solução rápida para resolver o problema que era urgente e necessário. Construíram uma casa bem sustentada com pelo menos 4.298 garrafas de vidro retiradas do lixo. Edna e Maria não tinham nenhum conhecimento como pedreiras e pesquisaram muito até colocarem o projeto de pé.
“Terminar a nossa casa é mostrar que nós duas, duas mulheres negras, fortes, construíram a primeira casa de garrafas de vidro do estado de Pernambuco. Catadas no lixo do mangue, em cima de um erro de muitas pessoas. O primeiro processo disso tudo é não ter medo de colocar a mão na massa mesmo, e não sentir vergonha. De se sentir também forte o suficiente, capaz o suficiente para fazer isso”, comenta Maria Gabrielly.
Edna, filha de pais analfabetos, começou a trabalhar muito cedo e por conta disso parou de estudar. Decidiu voltar a estudar aos 35 anos e se formou em gestão pública. A filha de Edna faz faculdade de moda no Recife e gasta seis horas por dia para ir e voltar da capital Pernambucana.