Fiocruz afirma que medicamentos enviados para yanomamis foram desviados por garimpeiros

Os remédios estavam sendo comercializados ilegalmente através de aplicativos de trocas de mensagens

Foto: Divulgação/Weibe Tapeba/Sesai

Assim como a desnutrição, a malária é um dos problemas de saúde que mais tem afetado o Território Indígena Yanomami nos últimos meses. No entanto, de acordo com um ofício da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), o medicamento Artesunato + Mefloquina, que havia sido enviado à região com o intuito de tratar este tipo de enfermidade, foi desviado e está sendo vendido por garimpeiros.

O documento emitido pela Fiocruz foi encaminhado ao Ministério da Saúde em janeiro de 2023, informando sobre a situação para o órgão e explicando a necessidade de rastrear esses remédios, que estão sendo comercializados ilegalmente.

“Tivemos a informação que a medicação está sendo vendida por garimpeiros, próximo a comunidade da tribo indígena Yanomami, na Amazônia […]. Diante da gravidade e criticidade dessa notificação e tendo Farmanguinhos [laboratório da Fiocruz no Rio de Janeiro] entregue toda a produção ao Ministério da Saúde, vimos a necessidade de informar-lhes a fim de que medidas possam ser tomadas para que o rastreio da distribuição desse medicamento possa ser feito e apurado o fato relatado”, diz um trecho do ofício.

A Fundação foi alertada sobre o ocorrido pelos portais “Vocativo” e “InfoAmazonia”, que expuseram o esquema de vendas de medicamentos que estava ocorrendo por meio de aplicativos de troca de mensagens, como o Whatsapp.

Fonte: Metro1

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