Em janeiro, havia cerca de 562 mil pessoas na fila de espera do INSS
O ministro da Previdência, Carlos Lupi, afirmou que é possível reunir dezenas de peritos e concentrar os trabalhos por uma semana em diferentes áreas do país para acelerar a análise dos casos, em especial no interior dos estados, onde há menos profissionais disponíveis.
A ideia, de acordo com o ministro do Governo Lula, é agilizar a liberação de benefícios que dependam de perícias médicas do INSS, como auxílio-acidente ou aposentadoria especial. Em janeiro, havia cerca de 562 mil pessoas na fila.
Ainda segundo Lupi, os mutirões devem começar em março pela região Nordeste, onde está a maior demanda. O ministro destacou ainda que o ministério está investindo na automação dos sistemas internos e da plataforma Meu INSS, que permite ao cidadão consultar sua situação junto ao órgão.
“Estamos organizando [o mutirão]. A secretaria que cuida dessa área, da perícia médica, já está trabalhando nisso. Acho que no máximo em março eu começo a executar por região. Por exemplo: o ABC é uma região de São Paulo e durante uma semana vão 50 médicos peritos com toda equipe. Isso limpa a fila e depois já está na normalidade”, disse em entrevista ao Uol.
De acordo com o ministro, a meta é reduzir até o fim do ano o tempo médio de espera por perícia para 45 dias, prazo considerado adequado. Lupi acrescentou que este é o tempo de espera no Estado de São Paulo e que deveria ser contemplado nos outros estados. Ainda na entrevista, ele acrescentou que, no Nordeste, entretanto, há locais em que o tempo de espera para atendimento varia de três a seis meses. Não há um tempo máximo fixado por lei.
Levantamento feito em setembro pelo IBDP mostra que o tempo médio de espera para acessar os principais benefícios ultrapassava os três meses:
- BPC por deficiência: 223 dias
- Auxílio-acidente de qualquer natureza: 140 dias
- Benefícios por incapacidade acidentária, como auxílio-acidente, invalidez, pensão por morte e auxílio-temporário: 122 dias
Classificação Indicativa: Livre