De acordo com o Ibge, 1% da população que ganha mais recebe 32,5 vezes mais que 50% da população mais pobre; a diferença é a menor desde 2012
Em 2022, a desigualdade de rendimento da população no Brasil é a menor desde 2012. A região Nordeste tem o maior índice de disparidade de renda. Os dados foram divulgados nesta quinta-feira (11) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (Ibge).
O índice Gini, que calcula a desigualdade da renda média mensal da população, teve o menor valor em 10 anos, atingindo a marca de 0,518 em 2022. Quanto maior o índice, maior a desigualdade. Na região Nordeste, onde a desigualdade é a maior do país, o Gini caiu de 0,556 em 2021 para 0,517 em 2022, apresentando a maior queda entre as regiões. No Sul, onde o índice de desigualdade é menor, o valor foi de 0,458.
“A queda brusca dessa razão para o menor patamar da série histórica reflete um pouco tudo que observamos. Muitas pessoas voltaram para o mercado de trabalho, os muito pobres estão recebendo um auxílio que se compara ao auxílio emergencial em valor, e o 1% mais rico teve uma pequena redução no rendimento”, afirmou Alessandra Brito, analista da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNAD Contínua) que produziu os dados.
Apesar da diminuição, a disparidade de renda ainda é grande. A pesquisa também calculou que o 1% da população que ganha mais no Brasil recebe em média R$ 17.447 mensais per capita. Nos domicílios de menor renda (50% da população), o ganho mensal é de R$ 537, 32,5 vezes menos.
Fonte: Metro1